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10 de novembro de 2010

                       
               CPMF. De novo??
         O comentário atual na mídia é a preocupação com a volta da CPMF; para quem não lembra é aquela “contribuiçãozinha provisória sobre movimentação financeira”, isto é, na linguagem mais acessível, a contribuição sobre o cheque.
        Lembro quando foi criada pelo Dr. Adib Jatene, na época Ministro da Saúde no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Por incrível, o Ministro do Planejamento na época era o José Serra. Isso mesmo, o candidato que perdeu para Dilma. Era contra, porém depois que virou Ministro adorou o imposto.
       Mas voltando ao criador. Quando assumiu o Ministério, o Dr. Jatene ficou desesperado quando lhe foi apresentado o orçamento destinado à saúde. Sem nenhuma alternativa, solitário, mas com credibilidade, criou este imposto (0,02% sobre as operações financeiras), com o intuito de complementar o orçamento de sua pasta. Se fosse um governo sério, até que seria justa, pois contribuía mais, quem tinha mais.
         Mas aí o “olho cresceu”. E tiveram início os desvios, e a saúde ficou à deriva; A CPMF caiu, graças aos tucanos e aos demos. Um dos argumentos dos empresários era que a CPMF onerava a cadeia produtiva em 4%. Pois bem a CPMF foi derrubada, os preços não caíram. Com isso aumentou a margem de lucro dos empresários e  a concentração de riquezas. Prejudicaram sim o SUS, e a direita raivosa comemorou.
        Sabemos que a saúde não é prioridade no país. Porém temos que ressaltar que em alguns itens verificam-se melhoramentos, como Tratamento para AIDS, vacinação em massa, os transplantes, o baixo índice de mortalidade infantil.
       Em contrapartida, sabemos envergonhados de que um médico especialista do SUS recebe R$7,00 ( sete reais) por consulta.
       Mas enfim, não gosto de retroceder no tempo. Tudo o que passou não deve voltar. Não se desenterra os mortos.
      A maior parte do povo brasileiro votou em um governo na expectativa  de que tenha novas idéias. Mas idéias sérias, pois de impostos e brincadeiras estamos já saturados.
    Devemos sim, dar um basta à exploração.
       
         

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