Deus e a política
Três assuntos que sempre gostei: política, comentar futebol com meu marido e religião.
No entanto, como muitas pessoas que conheço, estou completamente desmotivada para com os assuntos que eu antes vivenciava, criticava, abençoava... Às vezes sinto-me até fora de órbita. Será que fui por algum tempo “abduzida” e não sei?
Sempre gostei de ver os movimentos sindicais fervilhando nas panelas, assuntos extremamente interessantes e justos. Lembro como se fosse hoje quando o Presidente Lula tomou posse pela primeira vez e ouvi de uma pessoa, até então sindicalista ferrenho, as proféticas palavras: terminaram os sindicatos no Brasil... E ele nunca mais opinou, morreram seus ideais, suas paixões; apesar de Lulista, ele entristeceu. E eu não acreditei.
Mas a realidade aí está com as implicações no dia-a-dia de todos nós. Penso que foi uma pena um sindicalista (Lula) ter acabado com sua obra, pois é na política que todo o cidadão de bem deveria estar. Os bons se omitem entregando aos maus administradores o poder.
Gosto de eleições cheias de vida, com gosto de “será que ganho, será que perco” e não como a que aí está, sem nenhuma emoção, todos rezando pedindo que não tenha segundo turno para não serem torturados ainda mais. Quando a “companheira Dilma” foi escolhida, comentei com o mesmo ex-sindicalista que ela já estaria eleita na data de seu lançamento, sendo que o mesmo me contestou. Hoje eu pergunto: será que além de abduzida estou tendo avisos do além? Logo eu que gosto de futebol decidido nos pênaltis?
Como eu, sei que muitas pessoas já não mais agüentam respostas maquiadas. Até hoje eu não ouvi de nenhum jornalista a pergunta: candidato, você acredita em Deus?
Para o candidato, ir ao culto evangélico, ao terreiro de macumba, à missa católica, orar em direção à Meca, acreditar em disco voador, duendes, Papai Noel, sei lá mais o que, não importa.O que importa é o voto.
Para eles, declarar que crê em Deus é o mesmo que comer buchada de bode, pastel na feira, churrasquinho de gato, vatapá, churrasco, tomar chimarrão, cafezinho, cachaça, pegar criança no colo e beijar, ou babar (que nojo), dançar na expointer, ou funk, pagode, etc...
Os candidatos são camuflados. Penso que, no que tange à sua fé em Deus, agem semelhantemente ao juiz de futebol em relação à sua mãe, ou seja, deixa uma em casa, e leva a outra ( fictícia) para o estádio para satisfazer a torcida.
Quanto a mim, espero que o próximo Presidente, os Senadores, Governador e os Deputados creia. Apenas isso.
Creia no poder da Educação: Invista nos professores, intelectual, emocional e financeiramente, para que sintam vontade de trabalhar e influenciar uma nova geração com inteligência emocional e espiritual. Apenas deles depende a formação de uma nova sociedade. Não mintam mais que estão investindo nos mestres, pois não estão.
Creia na transparência: Que se cumpram as leis, as decisões tomadas, os acordos estabelecidos. Que voltem os sindicalistas semimortos. Que brotem com vontade dando origem a belas e frondosas árvores. Precisamos deles.
Creia na importância do exorcismo: Que expulsem da política os demônios da injustiça, do empreguismo, da corrupção, da miséria, dos preconceitos, da ignorância. Que fale em amor e paz. Não tenham vergonha. Que combata o inferno da miséria em todos os níveis, mesmo que não acredite no diabo, e trabalhe muito na construção do céu, mesmo que não acredite em Deus.
Mas quem dá atenção aos meus pedidos? Será que Deus?
E como dizia o filósofo:” só sei que nada sei”.
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