As pessoas que me conhecem sabem do grande amor que tenho por meus filhos, netos e irmãos. Sempre digo que para mim eles são sagrados ao ponto sofrer demais com as críticas, bem como sentir o coração transbordar de alegria quando são reconhecidos e recebem homenagens. Hoje estou muito feliz ao ver o irmão mais novo receber esta distinção até então auferida apenas a autores com mais estrada.
O Sávio, que nasceu em uma fase em que nosso país fervilhava sofrendo o golpe militar, também perdeu o pai mais ou menos na mesma época; viveu uma infância tranqüila, até porque sempre teve esta visão de artista, de criar, desenhar, e desta maneira fazer seu mundo, sendo chamado à realidade para estudar, fazer concurso, o qual tirava de letra. Adorava jogar futebol sendo um goleiro solicitado. Também sempre teve uma paixão por suas motos onde até nesses momentos com o auxílio do vento batendo no rosto, buscava inspiração. É um bom funcionário, apesar de saber que seu lugar não é ali. Mas como todo o brasileiro, precisa trabalhar, não se vive da arte.
Seu lugar preferido desde a infância sempre foi nos livros, nas tiras, no seriado shazan/xerife e Cia que assistia em nosso primeiro aparelho de TV ( preto/branca comprada pela mãe). Tinha verdadeira fixação por revistas de quadrinhos. Aqui, ele era feliz. Aqui ele deu asas à imaginação, a qual voou deste imaginário para o papel. Casou, ganhou suas filhas e mais uma filharada, liderados pelo Xurú Velho e Dona Palometa.
Iniciou no Jornal A Notícia incentivado por nosso amigo Newton Alvim, ao qual sempre agradeço. A partir daí só galgou espaços e reconhecimentos.
Poderia escrever várias laudas sobre meu Savico, mas sei que sua biografia irá crescer cada vez mais e ser um artista ainda mais conhecido. Pelo amor que ele tem pelas tiras, não irá parar aqui.
A ele o meu maior abraço e um super beijo, com o coração cheio de orgulho.
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